quarta-feira, 1 de março de 2017

Aeroporto de Itajai - SC

Aeroporto de Itajaí
O ano, 1963.
O local, Itajaí (SC).

Atenção, senhores passageiros...

Pode embarcar. Ficha número dois?
E o embarque prosseguia, ordenadamente a bordo do DC-3.

O check-in, que naquele tempo ainda se chamava simplesmente de apresentação no aeroporto, funcionava assim: cada passageiro, à medida que chegava ao balcão da companhia aérea, recebia uma ficha de plástico azul, com um número gravado. Na hora do embarque, convocado aos berros pelo despachante de voo, os passageiros caminhavam os poucos metros até o avião e aguardavam ao pé da escada até serem chamados, um a um. Assim, o embarque era efetuado na ordem de chegada ao aeroporto, e quem desejasse sentar na janelinha, que chegasse mais cedo.

Já dentro do avião, o passageiro que quisesse acomodar-se mais à frente era obrigado a subir pelo corredor, uma rampa íngreme, em função do diminuto tamanho da roda traseira sobre a qual repousava a cauda do avião. O DC-3 ficava com a frente empinada, e só atingia a posição horizontal na fase final da decolagem.

Bem, já estamos voando de Itajaí para Porto Alegre. Direto? Nem pensar. São três escalas, em Florianópolis, Tubarão e Caxias do Sul. Esta última escala era a mais bucólica. Pousávamos em uma espécie de pastagem, espantando famílias de bovinos, crianças que jogavam bola e um ou outro camponês distraído. Felizmente os ecologistas ainda não atrapalhavam a aviação.

Quatro anos mais tarde eu estava novamente ao pé da escada de um avião, desta vez um DC-8 da Braniff. O aeroporto: Viracopos, em Campinas. O barracão – perdão, o terminal – mais lembrava um posto avançado da Legião Estrangeira. As instalações mais luxuosas do aeroporto pertenciam ao restaurante, do qual dizia-se ser o único estabelecimento gastronômico do mundo a dispor de uma pista de pouso própria.

Desta vez, minha presença ao pé do avião não era na qualidade de passageiro. Uniformizado e perfilado junto aos colegas eu exercia a função de despachante de aeroporto. A cada uma das três chegadas semanais dos coloridos aviões da Braniff, os funcionários da companhia aguardavam na pista, qual pelotão, até que o avião completasse as manobras de estacionamento. Só então cada um assumia suas funções no desembarque, na alfândega, na carga ou em operações.

Minha experiência de trabalho como motorista de uma fábrica em Memphis, no sul dos Estados Unidos, me habilitara a cuidar das comunicações com a tripulação de cockpit. Afinal, eu era um dos poucos que entendiam perfeitamente o enrolado “idioma” texano, falado pelos pilotos.

Antes da chegada dos voos eu operava um antigo rádio VHF, com o qual nos comunicávamos com o avião. Mais tarde, acompanhava os passageiros que chegavam dos EUA até o Aeroporto de Congonhas, a bordo dos aviões Dart Herald da Sadia, que depois virou Transbrasil.

Eram voos fretados, tanto para os passageiros que chegavam ao Brasil, quanto para aqueles que partiam, à noite, em nossos voos para Miami, Nova York ou Los Angeles.

Com este serviço adicional, destinado a aliviar as agruras do percurso entre Congonhas e Viracopos, enfrentávamos a concorrência da Pan Am e da Varig. Enquanto estas companhias voavam sem escalas entre o Brasil e os destinos americanos, nossos voos passavam por Lima, e por vezes também pelo Panamá e Equador.

A Braniff também enfrentava a fama de ser “the largest un-scheduled airline in the world”, resultado dos constantes atrasos dos voos. Para nós, no aeroporto, um voo que chegasse até seis horas após o horário previsto estava “on schedule” no horário.

Nosso chefe, o gerente de aeroporto da empresa, por alguma razão até hoje inexplicada, não permitia que tirássemos uma soneca sequer, mesmo que o avião atrasasse 12 horas. Aprendemos a dormir de olhos abertos. Não podíamos tomar cerveja. Treinamos o garçom do bar para nos servir a loirinha em garrafas de guaraná.

Nosso salário era magro. A maior parte dos funcionários, também. Mas havia o dinheiro das diárias de alimentação, pago nos dias em que trabalhávamos em Viracopos. Pelo menos, comíamos três vezes por semana. Era bem mais do que eu conseguira durante os três meses em que procurei emprego em São Paulo. Por pouco não me tornei vendedor de livros, motorista de madame ou professor de inglês.

Entrar em uma companhia aérea, naquela época, era uma questão de Q.I. – Quem Indicou. Uma amiga da KLM me revelou que a Braniff ia contratar duas pessoas. Fui lá. Não consegui passar nem da telefonista. Algumas manobras mais tarde, logrei uma entrevista com o gerente de aeroporto.

Tive de preencher um formulário e escrever uma página sobre o tema “Por que quero trabalhar na Braniff”. Foi fácil. Minha primeira – e até então única – viagem aos Estados Unidos havia sido justamente pela Braniff. E meu pai havia me ensinado a escrever textos com começo, meio e fim, visto que os testes de múltipla escolha ainda não haviam sido inventados.

Quem começava a trabalhar em uma companhia aérea, na década de 60, era invariavelmente submetido a algum trote. Eram brincadeiras criativas e divertidas. Menos para a vítima, é claro. Mas os únicos ferimentos eram infligidos ao orgulho dos iniciantes. Quanto mais “prosa” ou “metida”, como dizíamos então, era a pessoa, maior era a humilhação.

Eu fui enviado à torre de controle do aeroporto, supostamente para retirar um boletim meteorológico. As luzes da estreita escada circular da torre foram apagadas. Subi tateando e batendo a cabeça nas paredes. Quando cheguei ao topo, tonto e exausto, fui informado de que o boletim já havia sido transmitido por telefone.

Um jovem e atlético novato foi enviado ao DAC para retirar as chaves do aeroporto. Lá foi informado de que as chaves estavam na alfândega, onde não havia ninguém de plantão. Ao voltar sem as chaves, foi alertado pelos colegas de que se não as encontrasse rapidamente seria responsável por um terrível acidente, visto que o aeroporto estava fechado e o avião, quase sem combustível, precisava pousar imediatamente. Imaginem só o pânico do moço, que, como todo mundo, já ouvira falar de “aeroporto fechado”, sem saber que isso se referia apenas às condições meteorológicas.

Aproveitando da ausência do diretor da empresa, convocamos certa vez um funcionário recém-contratado para uma fictícia reunião muito importante. O papel do diretor ausente, executivo este desconhecido pelo novato, foi ocupado por um promotor de vendas dotado de “tendências artísticas”. O “diretor” cobrou melhores resultados, esbravejou, ameaçou despedir, deu socos na mesa e xingou em várias línguas – o verdadeiro diretor, como todos sabiam, era um anglo-argentino. O novo colega saiu de lá tremendo, certo de que não iria completar nem o período de experiência.

Algumas vezes, sempre em função de voos atrasados e tarefas operacionais, passávamos a noite no Aeroporto de Congonhas. Até uma ou duas horas da madrugada havia o movimento das pessoas que iam ao Aeroporto tomar um cafezinho, antiga tradição paulistana. Não havia nada mais aberto na cidade àquela hora – serviço de 24 horas, só no pronto socorro e no Ceasa (hoje Ceagesp), onde podia-se tomar sopa de cebola até de madrugada. Quando o aeroporto ficava totalmente vazio e silencioso, pois até os vigias dormiam, promovíamos animadas corridas em cadeira de rodas, pelos saguões.

Os pilotos da Sadia também apreciavam uma brincadeira, de preferência utilizando o avião como instrumento. Às vezes, a caminho de Viracopos, dávamos uma carona no Dart Herald – sem passageiros, é claro – a algum colega, para uma “viagem de familiarização”. O avião decolava de Congonhas, mas após algumas voltas panorâmicas sobre São Paulo aprestava-se a pousar no Campo de Marte. Ou, pelo menos, é o que aparentava fazer. Só que, após percorrer toda a extensão da pista a poucos metros de altitude, o avião arremetia subitamente. O coitado do colega novato, que a essas alturas já não estava entendendo que raio de percurso era aquele, quase morria de susto e se molhava todo – com o suco de laranja que gentilmente lhe havia sido servido.

Outro passatempo favorito dos pilotos da Sadia – eram sempre os mesmos dois –, era o de dar voos rasantes, à noite, sobre a Via Anhanguera. De repente acendiam as luzes e os faróis de pouso da aeronave, cegando e aterrorizando os motoristas na rodovia, que pensavam tratar-se de espaçonave prestes a atacá-los.

Dentre todos os colegas com os quais trabalhei nos aeroportos de Congonhas e Viracopos, um merece especial destaque: Gandola, um brasileiro de origem africana. Sua função era das mais modestas: carregador. Colocava as malas na balança – daquelas antigas, enorme –, etiquetava a bagagem e colocava os volumes no carrinho estacionado atrás do balcão, para que fossem levados até o avião.

Mas sua modéstia se restringia à função. De resto, portava-se como se fosse o rei do Aeroporto de Viracopos, e não lhe faltavam súditos. Colocava apelido em todos, e ai de quem lhe fosse antipático. Inventava trotes e brincadeiras, e nem os funcionários mais graduados lhe escapavam. Quando algum colega viajava para Miami, levando uma mala vazia para as compras, ele a enchia com manuais e catálogos velhos, ou mesmo pedras. Ao abrir a mala na alfândega americana, a vítima tinha de dar explicações quanto ao conteúdo da “bagagem” aos zelosos funcionários do fisco americano, e na melhor das hipóteses passava por debilóide.

À parte de seu trabalho em Viracopos, Gandola também era dono de uma banca de jornais e revistas. Numa época em que havia uma férrea censura política e de costumes, ele comercializava, tranquilamente, revistinhas “apimentadas”, em especial aquelas desenhadas pelo imortal Carlos Zéfiro, chamadas carinhosamente de “catecismos”. Não lhe faltavam clientes e guardo algumas dessas revistas, agora preciosas relíquias históricas.

Mas Gandola também era capaz de quebrar os maiores galhos, em especial no que se referia à alfândega. Privava da amizade e simpatia de todos os fiscais e nenhum amigo seu precisava se preocupar com o conteúdo das malas. É bem verdade que nosso “contrabando”, na época, era bem modesto: calças jeans americanas, discos inéditos no Brasil, pequenas televisões, comestíveis finos. Éramos os sacoleiros de então, e Gandola era a nossa “Ponte da Amizade”.

Hoje em dia, ao passear pelo saguão apinhado do aeroporto de Guarulhos, não posso deixar de embarcar em uma viagem sentimental ao passado da aviação em São Paulo.

Ao final dos anos sessenta, cerca de duas dúzias de empresas aéreas ofereciam a seus clientes um serviço quase personalizado. Conhecíamos muitos de nossos passageiros pelo nome e, principalmente, conhecíamos uns aos outros.

Hoje em dia são mais de 70 companhias aéreas presentes em nosso país, através de escritórios próprios ou de representações. O volume anual de passageiros atinge números de sete dígitos, exigindo o concurso de milhares de aeroviários, para um atendimento quase sempre impessoal e automatizado. Não poderia ser de outra forma. Junto com a quantidade vem o anonimato.

Pois é. Como dizíamos já naquela época, na vida tudo é passageiro.


Em 12 de outubro de 1951, em Brasília – DF,
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.
LEI N. 1.457 – DE 12 DE OUTUBRO DE 1951
Dá nova denominação ao Aeropôrto São João, em Pôrto Alegre, Rio Grande do Sul.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O Aeropôrto de São João, situado no distrito do mesmo nome, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, passa a denominar-se Salgado Filho.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1951; 130º da Independência e 63º da República.
Getulio Vargas.
Nero Moura.







Aeroporto de Navegantes

O atual Aeroporto Internacional de Navegantes originou-se com a construção da pista de pouso e decolagem e de pátio de estacionamento para pequenas aeronaves em terras da Real Fazenda, localizada no litoral, a três quilômetros a nordeste do centro do município de Navegantes.
A pista, inicialmente com 1.500 m, e o pátio de 150 x 73,5 m eram utilizados por agricultores e empresários locais.
Ao longo dos anos em função do uso intenso, a pista sofreu degradação e ficou inadequada à operação de aeronaves de maior porte.
O pavimento da pista era frágil e o sistema de drenagem, ineficiente.

Na década de 1970, no final, foi elaborado o projeto de reforma e ampliação da pista, a cargo da DIRENG.

Em outubro de 1978, o então Presidente da República General Ernesto Geisel inaugurou a nova pista ampliada para 1.701m de comprimento por 45m de largura, capaz de operar com aeronaves da categoria B, classificação usada na época, como o Boeing 737 e o Airbus A 320.

- O pátio também sofreu acréscimo para 198 x 73,5 m.
Constou também dessa obra a ampliação do terminal de passageiros de Navegantes.

Em 17 de janeiro de 1980, foi realizada a transferência, técnica, administrativa e operacional, do Aeroporto de Navegantes para a Infraero, por intermédio da Portaria n° 090/GM5.

O aumento da demanda por voos internacionais, especialmente os fretados para a região do Vale do Itajaí, que reúne as cidades de Blumenau, Pomerode, Timbó, Indaiá, Gaspar, Rio do Sul, Apiúna e Rio dos Cedros, além das badaladas praias de Balneário Camboriu, Piçarras e Penha impulsionou a internacionalização do Aeroporto de Navegantes, que foi promulgada em novembro de 2004.

O terminal de passageiros teve a nova reforma, inaugurada em julho de 2004, com a ampliação da área construída de 1.850m² para 5.200m² e inclusão da área de embarque e desembarque internacional.

Pouca gente lembra, mas esta semana marcou mais um aniversário da inauguração da ampliação do aeroporto de Navegantes. A solenidade, ocorrida há 33 anos, não foi um ato qualquer.

No dia 19 de outubro de 1978, nada menos que o então presidente Ernesto Geisel esteve em Navegantes para a inauguração da nova pista e do novo pátio do terminal, hoje batizado de Ministro Victor Konder.
Ouvido pelo Jornal de Navegantes, o prefeito da época, João José Fagundes, lembra que, mais que uma inauguração, aquele ato significou a permanencia do aeroporto na cidade. Devido a precariedade e limitações do terminal de Navegantes antes da reforma, a cidade por pouco não perdeu o aeroporto, que chegou a ficar interditado por algum tempo.

"Quando assumi, havia uma disputa entre Joinville e Blumenau e queriam desativar o nosso aeroporto para construir outro no Norte do Estado, mais próximo a Joinville", recorda o ex-prefeito. Fagundes conta que procurou o então governador Antonio Carlos Konder Reis e pediu sua ajuda para reformar e ampliar o aeroporto, mantendo-o em Navegantes.

"Konder Reis tem raízes na região de Ítajai e conseguimos os recursos necessários para a obra. Com a nova pista, o aeroporto passou a ter capacidade para receber os aviões mais modernos da época. Se não fosse aquela reforma, com certeza teriamos perdido o aeroporto para outra região", avalia o ex-prefeito, que governou a cidade entre 1977 e 1983.

Antes daquela obra, o aeroporto tinha uma pista de 1,5 mil metros e atendia apenas pequenas aeronaves. Com a ampliação, a pista passou a contar com 1,7 mil metros de comprimento por 45 metros de largura, tendo capacidade para receber aeronaves como o Boeing 737 e o Airbus A320. O pátio também foi ampliado de 150 metros por 73,5 metros para 198 metros por 73,5 metros.

Fonte: Jornal de Navegantes
Giovanni Lenard é representante de Munique no Brasil


  

sábado, 10 de julho de 2010

Balneário

*Balneário Camboriú

Seus Nomes:

Nossa Senhora do Bom Sucesso
Barra
Garcia
Distrito de Praia de Camboriú
Município de Balneário de Camboriú
Balneário Camboriú

De origem indígena da nação Tupy há várias citações do nome, como:
- Camboriasu em 1779,
- Cambarigua-ssu em 1797,
- Camborigu-assu em 1816,
- Até chegar a uma referência de Henrique Boiteux como: - Camborihu.

Para o significado nome Camboriú, existem várias versões:

- A versão popular diz que o nome teria surgido baseado num português, que falava morar onde "Camba o Rio", vocábulo muito usado pelos pescadores da região. Porém como esse nome já existia antes do povoamento na região por europeus.

- A outra versão do padre Raulino Reitz: - mapas bem antigos assinalam o nome Rio Camboriú antes de haver povoamento de origem européia na área; o topônimo Camboriú vem do Tupy, formado pela aglutinação do termo “Cambori” e do sufixo "u".
"Cambori" significa robalo, um peixe bastante conhecido na região.
O sufixo “u” neste caso seria criadouro, comedouro, habitat.


- Então se considerada esta hipótese, Camboriú significa "onde há robalo" ou "criadouro de robalo".



Balneário Camboriú é município do estado de Santa Catarina.
Localiza-se na latitude 26º 59' 26" sul e na longitude 48º 38' 05" oeste, estando a uma altitude de 2 metros.
Sua população estimada em 2009 de 102.081 habitantes.
O município possui uma área de 46 km².
Possui também uma das maiores densidades de prédios do Brasil. Apesar de possuir cerca de 100.000 habitantes, possui uma estrutura de edifícios que comportam quase 1 milhão de pessoas, marca essa ultrapassada na alta temporada.
Balneário Camboriú foi eleito o município com melhor qualidade de vida do litoral catarinense, sendo a segunda do estado, ficando atrás apenas da capital Florianópolis.
Segundo pesquisas realizadas pela ONU, está entre as 50 cidades brasileiras com maior IDH, ficando na sétima colocação.


Balneário Camboriú faz parte de um grande eixo, uma quase Mega Cidade da paisagem extasiante que se estende de Bombinhas ao Aeroporto de Navegantes, as cidades  estão ligadas por Bombinhas, Porto Belo, Itapema, Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Navegantes, separadas algumas cidades somente por elevações, mas que do mar vislumbram uma só cidade.
Todas as políticas públicas deveriam ser pensadas neste eixo e não em cada município separadamente, pois praticamente as suas populações são dependentes de um município ou outro.

- Balneário Camboriú é uma mistura de cidade grande, com aspectos de cidade do interior, tem uma vida e comércio agitado, quase 24 horas por dia, o diferencial está na  qualidade dos serviços aliado a apresentação e estética da cidade, isto atrai moradores dos municípios da região e do mundo, que procuram em Balneário este diferencial.

“Viver intensamente com Qualidade”
Loteamento de Balneário de Camboriú no seu início.
Cristo Luz

História  
Cronologia Século

Antepassados.

Os primeiros habitantes da região do Vale do Itajaí, eram indígenas da nação Tupy-guaraní.
Na região da atual Balneário era povoado por índios que aqui encontraram lugar ideal para moradia, seria pelas características a Praia de Laranjeiras, ela é protegida do vento sul, clima agradável, a pesca era farta e rio de água doce.

Nota:
Na década de 1970, a Prefeitura de Balneário Camboriú solicitou uma verba para construir uma estrada que ligasse a Praia de Laranjeiras a sede do município.
Porém, foram achados esqueletos humanos.
Foi chamado o arqueólogo padre Dom João Alfredo Rohr que fez a prospecção e constatou que toda a praia era um sítio arqueológico.
O teste foi feito através do Carbono 14, onde descobriu que a ocupação mais antiga era de 4.900 anos.
Os achados estão em exposição no Museu Municipal.
Esse trecho de uma entrevista, publicada no Informativo do Arquivo Histórico de Balneário Camboriú.

Século XVIII

Em 1758, teve início o povoamento da região, com algumas famílias alojadas na margem esquerda do rio, procedentes de Porto Belo e se estabeleceram no local denominado Nossa Senhora do Bonsucesso, mais tarde, denominado "Barra".

Século XIX


Em 1826, o colono Baltasar Pinto Corrêa recebeu do Governo da Província de Santa Catarina uma área de terra para cultivo e moradia, na localidade que hoje se chama Bairro dos Pioneiros.
Baltasar Pinto Corrêa veio da colônia de Porto Belo em busca de terras férteis.

- Atraídas pela fertilidade do solo e pelo clima, vieram outras famílias de origem alemã, procedentes do Vale do Itajaí e Blumenau.

Em 1836, chegou ao local Tomás Francisco Garcia com sua família e alguns escravos.
Daí a antiga denominação de "Garcia", pela qual o lugarejo era conhecido.

Por volta de 1840, foi autorizada pela Arquidiocese de Florianópolis a construção de uma igreja.

Em 1848, passou a ser arraial da cidade de Itajaí, chamado de "Barra" com a autorização da construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Em 1849, iniciou as obras da igreja no local conhecido como Arraial do Bom Sucesso (hoje Bairro da Barra).

Em 1860, o Arraial do Bom Sucesso se eleva à categoria de "Freguesia", em decorrência do término da construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Construção da Igreja: - Feita em argamassa de pedras brutas e óleo de baleia por mãos escravas.

- Depois das igrejas de Santo Amaro e de Nossa senhora do Bom Sucesso em nossa cidade, a primeira instituição pública civil foi uma escola primária.

- O Arraial, ao mesmo tempo que foi o início das cidades de Camboriú e Balneário Camboriú, pertenceu anteriormente a Porto Belo e Itajaí.

Em 1860, o cartório no Brasil foi instituído e no ano seguinte já tinha um funcionando em Camboriú. Antes disto os registros de terras, também eram feitos na igreja.

Em 05 de abril de 1884, através da Lei nº 1.076, foi criado o MUNICÍPIO DE CAMBORIÚ que tinha como sede a localidade da Barra.
Seu território era de 1.200 km² e tinha como limites: - Tijucas ao sul, Brusque a oeste, Itajaí ao norte e o Oceano Atlântico ao leste.

- A forte economia cafeeira encontrou em Camboriú o lugar ideal. Por muito tempo o município foi o principal produtor de café do Estado. A exploração das jazidas de mármore, granito e calcário também se destacaram na atividade econômica.
Foi assim que a sede do município transferiu-se para a Vila dos Garcias, ao pé da serra e a antiga sede na Barra virou Distrito de Paz.
A agricultura era valorizada e a faixa litorânea desprezada.

Século XX


Em 1917, o principal chefe político da época o coronel da Guarda Nacional Benjamim de Souza Vieira, publica o "primeiro jornal da história de Camboriú".
"O INTRANSIGENTE" - Órgão do Partido Republicano.

No final da década de 1920, tem início o processo de desenvolvimento.

Em 1926, começam a surgir as primeiras casas de veraneio no Centro da Praia, pertencentes a moradores de Blumenau.

Em 1928, foi construído o primeiro hotel na confluência das atuais avenidas Central e Atlântica, exatamente o marco zero da cidade.

Em 1930, pela situação geográfica privilegiada, iniciou-se a fase de ocupação da região preferida pelos banhistas

Em 1934, é inaugurado o segundo empreendimento hoteleiro.

- Os alemães do Vale do Itajaí trouxeram para a cidade o hábito de ir a praia, pois, até então, o banho de mar só era conhecido como tratamento medicinal ou pesca.
Para os nativos mandar alguém ir a praia era uma ofensa.

Entre 1939-1945, durante a segunda guerra mundial, o exercito brasileiro usou os hotéis e as moradias a beira mar como observatórios da costa brasileira. Os alemães mantiveram-se afastados da praia para não serem hostilizados, já que o exército brasileiro  ali estava.

Em 1945, com o fim da Segunda Guerra e a saída das tropas brasileiras os prédios foram saqueados e depredados.
Com o fim do conflito, reiniciou o fluxo turístico.

Em 18 de fevereiro de 1959, foi aprovado pela Câmara Municipal o projeto de resolução para criação do DISTRITO DA PRAIA DE CAMBORIÚ, que abrangia toda a faixa litorânea, apresentado pelo então vereador Gilberto Américo Meirinho.

Na década de 1960, a atividade turística tomou impulso, colocando o Balneário como grande centro turístico brasileiro.

Em 1961, com o avançado crescimento populacional e a grande importância econômica, o DISTRITO DA PRAIA DE CAMBORIÚ conseguiu eleger três vereadores: - Aldo Novaes, Urbano Mafra Vieira e José Linhares.

- O movimento de progresso de Balneário tornou o desejo de emancipação mais forte.

Em fevereiro de 1964, o vereador Aldo Novaes apresentou um projeto de resolução objetivando a criação do município de Balneário Camboriú.

- Após muitas discussões, o projeto é aprovado por 5 votos a favor e 2 contra.
O projeto é encaminhado à Assembléia Legislativa Estadual.

Em 08 de abril de 1964, é sancionada Lei n° 960, que cria definitivamente o Município de BALNEÁRIO DE CAMBORIÚ, que se emancipou de Camboriú passando a ter o mesmo nome, mas com o adjetivo "Balneário" incorporado no nome, como topônimo.

Em 20 de julho de 1964, o governador Celso Ramos, fixa a data para a instalação do município, através do Decreto n° 1674, de 24 de junho de 1964.


Em 1968, após a instalação do município, a Câmara de Vereadores, através a Resolução n.º 11, de 13 de agosto de 1968, resolve suprir o "de" de Balneário de Camboriú e o município passa a chamar-se BALNEÁRIO CAMBORIÚ.

Em 1979, seu nome é alterado para Balneário Camboriú.

Em 1998, a Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso é tombada como Patrimônio Histórico Municipal e Estadual.

Século XXI

- Nasce a Nova Balneário Camboriú.

Evolução de Balneário

Década de 1950

Década 1950

1962

1964

Década 1960


Década 1960

Década 1960

Antiga igreja de São Sebastião, década de 1960

Década 1970

1976

Cultura

O município de Balneário Camboriú tem sua origem cultural na base luso-açoriana. Entre as manifestações locais, estão:
Folguedo do Boi-de-Mamão,
Cantorias de Terno-de-Reis,
Tecelagem em tear de Pente-Liço,
Cerâmica artesanal ou louçaria de barro,
Fabricação de farinha de mandioca em engenho,
Pesca artesanal de tainha,
Brincadeira do Boi.
Na Gastronomia, estão as derivações de pratos a base de frutos do mar e farinha de mandioca, como a sopa de siri, pirão com peixe, tainha escalada (tainha cortada pelo dorso, salgada e seca ao sol, assada na grelha), sopa e bolinho de peixe, sardinha frita, em conserva ou a jato.
Essas manifestações ainda são percebidas no Bairro da Barra e nas praias do Sul do Município.
Devido à migração de pessoas motivadas pela vida no litoral, a partir da década de 1960, houve um significativo aumento demográfico, agregando outras apropriações culturais às manifestações locais, contribuindo para a formação da diversidade cultural da cidade, principalmente na região central.

Turismo

Complexo Turístico Cristo Luz, segundo maior monumento turístico do Brasil, com 33 metros de altura, localizado no alto do Morro da Cruz.




Entre os equipamentos turísticos, temos na Barra Sul do município, um teleférico que agrega o Complexo Turístico UNIPRAIAS e que liga a Praia Central à Praia das Laranjeiras.




Praias


Barra Sul,


Central,


Taquaras,
Taquarinhas,
Estaleiro e Estaleirinho,
Laranjeiras


Pinho, 
Esta foi a primeira Praia de Nudismo oficial do Brasil. Essas praias são interligadas por uma estrada denominada Linha de Acesso às Praias (LAP), mais conhecida como Interpraias, que se estende até os limites do município de Itapema.


Barra Norte,

Com cerca de 500 metros de passarelas, mirantes, decks de madeira, escadas de acesso à areia da praia, 800m2 de gramados e 67 metros lineares de taipas, o atrativo valoriza a qualidade ambiental do Pontal Norte e oferece mais uma opção de lazer para moradores e turistas..
No total, são aproximadamente 1.500 m2 de área iluminada de lazer, segurança e conforto para toda a família. O visual é belíssimo e se tem o privilégio de estar em plena Mata Atlântica conservada.


Canto

Assim como Buraco, a praia do Canto é praticamente inabitada e pouco procurada. Com 50 metros de extensão, de lá é possível contemplar a praia Central em sua totalidade. O acesso se dá por uma trilha.



Buraco,

Situada a 3,5 quilômetros ao norte do centro de Balneário Camboriú, o mar é agitado e propício para a prática de surf. O acesso se dá por uma trilha.



Morro do Careca,

Vista panorâmica da Estrada da Rainha e destino obrigatório de quem gosta de praticar vôo livre. Acesso pela Rua Miguel Matte, no bairro dos Pioneiros.




Amores,



Molhes da Barra Sul,



Ilha das Cabras,



Outras Atrações


Bondindinho,



Parque Cyro Gevaerd,


Parque da Santur,

Fundado em 1981, o Parque da Fauna Flora e Gea Parque Cyro Gevaerd, Zoológico da SANTUR, em Balneário Camboriú é um dos mais completos do Estado. Devido ao seu fácil acesso junto à BR 101, visitá-lo se torna uma oportunidade rara para conhecer várias espécies de animais e plantas e ainda ver de perto o trabalho de preservação e pesquisa desenvolvido no zoológico.

Ocupando uma área de 39.000 metros quadrados em sua maior parte coberta por Mata Atlântica, o zoológico do parque é uma ótima opção de turismo com educação ambiental e contato com a natureza.

O Parque está distribuído da seguinte forma: Mundo das Aves, Terrário Aquário, Tartarugário, Museu Oceanográfico e Arqueológico, do Pescador, Minicidade e minifazenda.

Desenvolve o projeto "Escola no Zôo" um programa educativo que tem por finalidade a sensibilização através do conhecimento adquirido durante a visita ao zoológico, atendendo estudantes das redes públicas e particulares, portadores de necessidades especiais e melhor idade do estado de Santa Catarina.

Capela de Santo Amaro,

A Capela de Santo Amaro, antiga Igreja Matriz do Bom Sucesso, ajuda a contar a história da região. É uma edificação singela, quase desprovida de ostentação, seguindo em linhas gerais o "modelo original" da Igreja Jesuíta de Nossa Senhora das Graças de Olinda (PE), que serviu de base para a arquitetura luso-brasileira até o limiar do Século XX. Tombada como Patrimônio Histórico pelo Estado de Santa Catarina através do Decreto nº 2992, de 25 de junho de 1998, e pelo município de Balneário Camboriú pelo Decreto nº 3007 de 10 de setembro de 1998, a Capela passou por intervenção de restauro no ano de 2008, com recursos estatuais e municipais. Sua construção foi autorizada no início do Séc. XIX, mas especula-se que somente no ano de 1849 a obra foi iniciada, no antigo "arraial do Bom Sucesso". A assimetria nas paredes laterais, as vigas de arranque na parte posterior da edificação, a diferença de materiais e a incomum mudança de Matriz para Capela indícios que o projeto original foi descartado, e a obra continuada de forma mais simplificada. Segundo a história oral resgatada na comunidade, isso se deve ao fato da comunidade ter encontrado recursos naturais potencialmente mais rentáveis rio acima, mudando a sede para onde hoje é o município de Camboriú, do qual Balneário Camboriú se emancipou em 1964.
A Capela situa-se no Bairro da Barra, em frente à Praça dos Pescadores e da Escola de Arte e Artesanato, sediada na Casa Linhares.

Em restauração

Restaurada

Casa Linhares,

A Casa Linhares, remanescente nos anos 1950, é uma edificação em alvenaria, de dois pavimentos, com telhado de quatro-águas, sustentado por vigas de madeira maciça falquejada, que no linguajar local significa "cortada à facão".
A história que envolve a casa reforça a riqueza do local. Construída para moradia do casal Ademar Linhares e Néia Bastos, com recursos de uma boa negociação do café da região, teve suas telhas especialmente encomendadas com a primeira forma da Cerâmica Bastos (Camboriú).
Ademar Linhares montou a primeira mercearia do local, que abastecia todas as famílias que moravam nas praias agrestes.
Posteriormente, a casa abrigou a primeira farmácia da Barra, e uma barbearia, e hoje abriga a sede da Escola de Arte e Artesanato "Cantando, Dançando e Tecendo nossa História", devido a suas características estéticas, históricas e por sua localização, em frente à Capela de Santo Amaro e da Praça dos Pescadores.




Passeios
 
Scunas

Passeio de Escuna

Marina,


Vida Noturna,

A cidade conta com diversas casas noturnas, além da variedade comercial. Com música ao vivo e diversidade gastronômica, Balneário Camboriú se destaca pela badalada vida noturna. A cidade conta também com as mais famosas boates do Estado, reunindo centenas de jovens. Para a família, é possível curtir atrações como boliche e fliperamas, que ficam abertos até a meia-noite.

Serviços,

Balneário Camboriú oferece uma boa estrutura de apoio ao turismo, contando com mais de 100 hotéis, gastronomia variada e de qualidade, comércio forte e prestação de serviços.

Shopping Atlântico


Balneário Camboriú Shopping


Shopping Brasil Center

Shopping Casa Hall



Cine Itália,
Avenida Central, 385
Cinema Arco Iris I e II
Shopping Atlântico
Cinema GNC I, II, III, IV, V
Camboriú Shopping


Estação Rodoviária


Transporte Coletivo


Alimentação,

Para os amantes dos bons pratos, é possível encontrar desde típicas cantinas até restaurantes árabes e asiáticos, além da comida mineira, japonesa e frutos do mar, especialidade da casa. Desde pratos simples, até os mais sofisticados, a culinária de Balneário Camboriú atente a todos os bolsos e paladares. Além dos restaurantes, é possível encontrar uma grande variedade de bares, lanchonetes, fast foods, buffets, confeitarias e cafés coloniais.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Praia de Camboriú, pela lei municipal nº 18, de 20 de outubro de 1954, subordinado ao município de Camboriú.
No quadro fixado para vigorar no período de 1954 a 1958, o distrito de Praia de Camboriú figura no município de Camboriú.
Elevado à categoria de município com a denominação de Balneário de Camboriú, pela lei estadual nº 960, de 8 de abril de 1964, desmembrado de Camboriú.
Sede no antigo distrito de Praia do Camboriú.
Constituído do distrito sede.
Instalado em 20 de julho de 1964.
Pela lei estadual nº 5630, de 20 de novembro de 1979, o município de Balneário de Camboriú passou a denominar-se Balneário Camboriú.

Guarda Municipal

Relação dos Prefeitos
Prefeitura de Camboriú - município Mãe
Distrito Praia de Camboriú - criação 1959
1º Intendente - Olávio Mafra Cardoso
2º Intendente - Florentino Mafra Cardoso
3º Intendente - Paulo Wilerich
Município de Balneário de Camboriú - Instalação - 1964

Visita oficial do governador Colombo Salles

- Administração: 1964 - Evaldo Schaefer - Foi nomeado pelo Governo do Estado de Santa Catarina para ser Prefeito provisório. Sua missão foi de organizar o Município que seria emancipado de Camboriú, isso datava 29 de maio de 1964. Tomou posse no dia 20 de julho de 1964. Foi prefeito nomeado pelo governo do Estado até 12 de dezembro de 1964, entrando para a história como prefeito nomeado. Organizou o serviço público, o sistema de contabilidade e preparou a legislação tributária, de pessoal e de posturas, posteriormente, aprovadas pela Câmara Municipal. Permaneceu no cargo aproximadamente um ano. Dotado de grande inteligência e capacidade, era especialista em organizar novos municípios. Foi fundador de uma Organização Catarinense de Assistência Técnica aos Municípios. Faleceu em 1° de Maio de 1971, aos 74 anos.

- Administração: 1964/1965 - Aldo Novaes - Foi funcionário da CELESC, tendo iniciado na EMPRESUL da qual foi transferido para esta cidade. Foi eleito vereador em Camboriú, no ano de 1961, e durante este mandato propôs o Projeto de Emancipação de Balneário de Camboriú.
- Para se entender um pouco desta parte da história, recorda-se da “memorável sessão” que foi tumultuada, devido à resistência de alguns vereadores da sede (Camboriú), principalmente Francisco Barreto que liderava os demais contra a emancipação. Para se chegar ao consenso foram necessárias mais duas sessões extraordinárias. Finalmente, em votação secreta, aprovou-se o projeto do vereador Aldo Novaes, por cinco votos a favor e dois contra. O projeto seguiu para a Assembléia Legislativa, em Florianópolis, e foi sancionada a Lei nº 960, de 08 de abril de 1964, criando assim o “Município de Balneário de Camboriú”.
- Em dezembro de 1964, Aldo Novaes foi nomeado pelo governador Celso Ramos para o cargo de Prefeito Provisório, sucedendo a Evaldo Schaefer. Sua administração foi de dezembro de 1964 a novembro de 1965, quando então, assumiu o primeiro Prefeito eleito pelo povo: Higino João Pio.

- Administração: 1965/1969 - Higino João Pio - Foi o 1º prefeito eleito de Balneário Camboriú. Exerceu a função no período de 15 de novembro de 1965 a 03 de março de 1969. Na época não existia o cargo de vice-prefeito. As eleições aconteceram em 03 de outubro de 1965, onde os partidos políticos, União Democrática Nacional (UDN) e Partido Social Democrático (PSD) lançaram seus candidatos a Prefeito de Balneário Camboriú. Pela UDN concorreu Paulo Wilerich e pelo PSD Higino João Pio, sendo este eleito. Fato que marcou a história da cidade, pois foi o primeiro Prefeito eleito. Assim, iniciava-se o primeiro período dos poderes executivo e legislativo municipais.
Foi durante o seu governo que as ruas da cidade receberam a numeração par e ímpar, até hoje utilizadas, o que promoveu uma significativa organização no sistema viário da cidade.
Sua administração foi interrompida motivada pelo seu trágico falecimento. Proprietário do Hotel Pio, além de uma casa comercial, homem público sensível às necessidades dos pouco favorecidos economicamente.

- Administração: 1969 - Álvaro Antônio da Silva - É filho de pioneiros, seus pais vieram para Balneário Camboriú em 1940. Foi eleito vereador na 1ª Legislatura, no período de 15 de novembro de 1965 a 31 de janeiro de 1970. Foi presidente da Câmara de Vereadores no período de 1969 a 1970. Foi prefeito interino por ocasião da morte do prefeito Higino João Pio, no período de 04 de março a setembro de 1969. Ocupou vários cargos de confiança na esfera estadual e municipal.
Fundou a primeira Escola Técnica de Comércio Bruno Silva. Durante sua administração realizou as seguintes obras: construção da Garagem da Prefeitura; construção da Escola Várzea do Ranchinho e da Escola Isolada do Barranco (Bairro Vila Real - hoje desativada); abertura da Rua 904 até Avenida do Estado; Biblioteca Pública Municipal Machado de Assis; melhoria da pavimentação em algumas ruas e na infra-estrutura existente; aquisição de caminhões, máquinas e equipamentos (mobiliário).

- Administração: 1969/1970 - Interventor Federal - Egon Alberto Stein - Foi nomeado Interventor Federal, em Balneário Camboriú, por ocasião do trágico falecimento do Prefeito Higino João Pio. O período da Intervenção foi de setembro de 1969 a janeiro de 1970. Possuidor de um currículo invejável e vive em Blumenau onde dirige sua empresa de construção civil. Egon chegou a traçar importantes projetos visando à preservação futura das praias que mais despertavam atenção em todo o território nacional, na época. Mas não deu tempo para colocar em prática sua intenção. Passou o cargo ao prefeito eleito Armando César Ghislandi.

- Administração: 1970/1973 e 1977/1983 - Armando César Ghislandi - Aos vinte e seis anos de idade ordenou-se sacerdote católico, tendo sido pároco na cidade de Penha/SC. Após vinte anos, desligou-se do sacerdócio e começou a lecionar em escolas. Foi Diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade do Vale do Itajaí. Em 1965 foi nomeado Exator de Rendas Estaduais (Coletor Estadual), tendo sido o 1º Exator da cidade de Balneário Camboriú. Atuante professor do Colégio Agrícola de Camboriú e Associação de Ensino Bruno Silva de Balneário Camboriú. Ingressou na política partidária em 1960, quando foi eleito presidente do diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD). Em 30 de novembro de 1969, elegeu-se Prefeito Municipal de Balneário Camboriú com Domingos Fonseca de Vice-Prefeito. Seu primeiro mandato foi no período de 1° de fevereiro de 1970 a 31 de janeiro de 1973. Foi novamente candidato a Prefeito nas eleições de 15 de novembro de 1976 com Alberto Pereira de Vice-Prefeito, assumindo novamente a prefeitura no período de 01 de fevereiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983. Foi um homem íntegro e dedicado à Educação na sua gestão. Grande liderança política, excelente orador, o que lhe deu condições de ser por duas vezes Prefeito de Balneário Camboriú.
Foi o administrador a quem coube organizar a estrutura municipal de turismo com a criação da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo. Em seu governo realizou a abertura da 3ª Avenida e outros grandes empreendimentos administrativos.
Faleceu no dia 15 de abril de 2005, após dois anos enfermo. Seu sepultamento deu-se no dia 16 de abril, no Cemitério Parque dos Crisântemos, em Itajaí, com grande acompanhamento e honras oficiais do município.

- Administração: 1973/1977 - Gilberto Américo Meirinho - Foi o terceiro prefeito eleito na história de Balneário Camboriú, levando consigo Wilson Vieira dos Santos como vice-prefeito. Natural de Itajaí/SC, Gilberto Américo Meirinho nasceu em 12 de outubro de 1929. Casado com Zenir Rebelo Meirinho, o casal tem duas filhas, genros e netos. Atualmente, reside aqui em Balneário Camboriú e é possuidor de um dos mais vastos currículos. Foi bancário, cooperativista, industrial, armador do setor de pesca, além de incorporador. Seu mandato como Prefeito compreendeu o período de 1° de fevereiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977.
Quando Prefeito foi idealizador da CITUR Rodo-Feira, hoje Parque Cyro Gevaerd. Foi ele, também, quem deu início à construção do atual prédio da prefeitura municipal e sua administração sobressaiu-se pela elaboração de planos e projetos.
Foi Vice-Prefeito do Conselho de Eletrificação Rural de Santa Catarina e Conselheiro da CELESC. Também foi Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento das Estâncias e Centros Turísticos. Recebeu inúmeros títulos e condecorações, destacando-se a Medalha do Serviço Nacional de Opinião Pública, Prefeito da Comunidade de Melhor evolução, Honra ao Mérito do Ministério de Educação e Cultura e Reconhecimento Público, como homem de turismo de Santa Catarina.

- Administração: 1983/1988 - Haroldo Schultz - Foi eleito Prefeito Municipal no período de 01 de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988. Sucedeu Armando César Ghislandi no seu segundo mandato. Veio para Balneário Camboriú, na década de 1960, com a esposa Renate e filhos. Do primeiro matrimônio nasceram seis filhos: Orlando, Melânia, Osmar, Mariana, Miriam e Marlene. Ao chegar na cidade, desenvolveu o trabalho com construção civil e logo estabeleceu a Construtora e Incorporadora H. Schultz. Elegeu-se Prefeito com apoio de Armando César Ghislandi.
Durante seu governo realizou grandes obras, como a rede de esgoto e saneamento básico.

- Administração: 1989/19921997/2000 e 2001/2004 - Leonel Arcângelo Pavan - Ele construiu em pouco mais de vinte anos, uma próspera e vertiginosa carreira política.
Foi vereador três vezes, prefeito de Balneário Camboriú, deputado federal, senador da República e, atualmente, vice-governador do Estado de Santa Catarina. Foi eleito vereador no período de 01 de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988. Foi prefeito municipal nos períodos de 01 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992, de 01 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 e de 01 de janeiro de 2001 a 05 de abril de 2002. Foi eleito deputado federal no período de 1992 a 1996. Renunciou ao cargo de prefeito em 05 de abril de 2002 para se candidatar a uma vaga no Senado Federal, na qual se elegeu em 2002. Em 2004 se candidatou a vice-governador do Estado, assumindo em 2005.
Algumas das obras que Pavan realizou quando esteve frente à Prefeitura Municipal foram: reurbanização da 3ª Avenida (drenagem pluvial, iluminação e pavimentação asfáltica); pavimentação asfáltica em muitas ruas da cidade; construção do Núcleo de Atendimento ao Idoso (NAI); construção e iluminação de várias quadras de esporte nas escolas; construção do Mercado do Pescador; Linha de Acesso as Praias (Interpraias); construção de pista de Skate; ampliação de Unidades de Ensino; construção de casas populares em parceria com a Caixa Econômica Federal; entre inúmeras obras efetuadas no governo de Leonel Pavan.

- Administração: 1993/1996 - Luiz Vilmar de Castro - Iniciou sua militância político partidária no antigo MDB, atuando com destaque na campanha eleitoral de 1982, na qual se engajou nas candidaturas de Ademar Silva a prefeito da cidade e Jaison Barreto a governador do Estado. Foi eleito vereador no ano de 1988 e assumiu no período de 01 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992. No ano de 1990 assumiu a Secretaria Municipal de Educação e realizou um compromisso de campanha eleitoral que foi a construção do Centro Integrado de Ensino Público – CIEP. Foi eleito presidente do diretório municipal do PDT, cargo do qual licenciou-se para ser candidato a prefeito da Força da Frente Popular. Foi eleito prefeito municipal no período de 01 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996. Em sua administração como prefeito, foi afastado do cargo no período de 29 de março de 1996 a 14 de junho de 1996. Então, em 14 de junho de 1996 reassumiu o cargo de prefeito, sob mandado judicial, para terminar seu mandato.

- Administração: 29/03 a 14/06/1996 - Luiz Eduardo Cherem - É formado em Odontologia pela UFSC e pós-graduado em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial pela PUC-RS. Reside em Balneário Camboriú desde 1986. Começou a interessar-se pela vida política em 1986, devido sua profunda preocupação com as questões ambientais, foi fundador e Vice-Presidente da Associação Ecológica do Vale do Rio Camboriú e Presidente do Partido Verde, pelo qual se elegeu Vereador em 1988. Foi relator da Lei Orgânica do Município em 1989. Durante o mandato de Vereador foi um dos responsáveis pela criação da Secretaria do Meio Ambiente. É filiado ao PSDB desde 1990. Foi Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de 1989 a 1990. Foi eleito Vereador no período de 01 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992 e Vice-Prefeito no período de 01 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996. Assumiu a Prefeitura no período de 29 de março a 14 de junho de 1996, devido ao afastamento do prefeito Luiz Vilmar de Castro, que retornou ao cargo sob mandado judicial. Candidatou-se a deputado estadual, mas não se elegeu. Foi assessor parlamentar e secretário municipal da saúde e de obras. Foi eleito deputado estadual em 2002. No ano de 2006, a história se repete e Dado Cherem se elege deputado estadual de Santa Catarina pelo PSDB. Atualmente exerce a função de secretário estadual da saúde. Dentre os vários projetos desenvolvidos em sua passagem pela Secretaria de Saúde devem ser destacados:*NAI (Núcleo de Assistência ao Idoso) – Posto de saúde multidisciplinar voltado ao atendimento da terceira idade; *PAI (Posto de Atenção Infantil) – Posto de saúde temático em forma da Arca de Noé visando o atendimento da criança e do adolescente com ênfase na preservação da gravidez precoce e no combate as drogas; *CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) – Unidade odontológica multidisciplinar com atendimento gratuito, entre outras.

- Administração: 2002/2004 e 2005/2008 - Rubens Spernau - Reside em Balneário Camboriú desde 1979. Em 1982 formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Trabalha na área de estruturas. Em 1989 foi Secretário de Obras (1ª Administração de Leonel Pavan – PDT). Em 1992, com a criação da Secretaria de Planejamento, acumulou as duas pastas. Em 1993, no governo de Luiz Vilmar de Castro (PDT), assumiu o cargo de Secretário de Planejamento. Em 1994 pediu exoneração do cargo. Esteve afastado da administração pública até 1997, quando retornou à prefeitura na 2ª Administração de Leonel Arcângelo Pavan (PDT) ocupando o cargo de Secretário de Planejamento. No ano de 2000 foi eleito Vice-Prefeito de Balneário Camboriú, pela Coligação PDT, PSDB, PL, PV e PTB. No dia 05 de abril de 2002 assumiu como Prefeito em substituição a candidatura de Leonel Pavan ao Senado. Em 2004, criou a Escola de Arte e Artesanato e a Fundação Cultural de Balneário Camboriú. Assumiu o município em 01 de janeiro de 2005.
Promoveu um significativo desenvolvimento estrutural na cidade. Grandes e importantes obras foram inauguradas, como por exemplo: CEFIR – Centro de Fisioterapia e Reabilitação; nova sede da Biblioteca Pública Municipal e Arquivo Histórico; o Restauro da Capela de Santo Amaro; Molhe da Barra Sul; reforma e ampliação da Escola Municipal Armando César Ghisland; construção dos Centros Educacionais Municipais Dona Lili, Ariribá, Nova Esperança e Vereador Santa; postos de saúde; o Hospital Municipal Ruth Cardoso, entre outras importantes ações.

O município recebe o título de “Capital Catarinense do Turismo”.

- Administração: 2009/2012 - Edson Renato Dias, - Prefeito eleito, o empresário Edson Renato Dias, o Piriquito (PMDB), seu mandato termina no ano de 2012.

Prefeitura Municipal

Etnias
Tendo sido a região colonizada inicialmente por colonos originários dos Açores, a maior parte da população de Balneário Camboriú é descendente de portugueses.
Cor/Raça - Percentagem
Branca        92,5%
Negra           0,9%
Parda            6,1%
Amarela       0,6%
Fonte: Censo 2000

Economia
As principais atividades econômicas do município são turismo e a construção civil.
A atividade da construção civil é supervalorizada, com média de R$ 3.000 reais o metro quadrado. A ocupação dá-se por edificações comerciais e residenciais, conta com cerca de 1.035 edifícios de classe média e alta. O município conta com cerca de 350 imobiliárias.
Durante o ano a procura por Balneário Camboriú é feita não apenas por brasileiros, mas também por turistas da América Latina, América do Norte e alguns países da Europa.

Clima
A temperatura da água do mar para esta região de Balneário Camboriú varia de 16°C em média (no inverno), para 24,4°C em média (no verão), sendo que no outono e na primavera fica em torno dos 21°C.
Os meses mais quentes são: Fevereiro e Março são os dois melhores meses para aproveitar as praias.
O clima é considerado ameno e na classificação de Köppen é do Tipo CFA (mesotérmico úmido com verões quentes).
No verão, embora quente, suas temperaturas dificilmente alcançam os 40°C, e sua média é de 25°C.
No inverno, a temperatura média é de aproximadamente 15°C, mas as mínimas nas madrugadas mais frias podem atingir valores entre 0°C e 4°C. A média anual é 19°C. O clima é geralmente úmido, com média de chuvas anual de 1.500 mm, sem estação seca definida (o seu regime pluviométrico é característico do clima do tipo subtropical úmido).
Eventuais enchentes e estiagens atingem a cidade, prejudicando sua economia e a população.

Relevo
A vegetação predominante é a Mata Atlântica, mas também são encontrados mangues (Rio Camboriú), pântanos e vegetações arbustivas.
O relevo de Balneário Camboriú é formado por planície fluvial no centro, cercado por montanhas e trechos de relevo acidentado. O ponto culminante é a Pedra da Gurita, situado no Morro da Congonha, a 720 metros de altitude.
Rio Camboriú.

Mídia
Predefinição:

Jornais de Balneário Camboriú,
Jornal Tribuna Catarinense
Jornal Página 3
Jornal Boca
Jornal Bolsão
Jornal Taqui Classificados
Jornal Diário da Cidade
Jornal Bem Viver (mensal)
Jornal Bravos Amores
Jornal Gente

Televisão,
Canais de TV aberta de Balneário Camboriú:

Rádio,
Pré-definição:
Rádios de Balneário Camboriú:
Rádio Camboriú AM 1290 Kwh / www.radiocamboriu.com.br  
Rádio Menina FM 100.5 / www.radiomenina.com.br  
Rádio 99 Transamérica FM 99.7 / www.99fm.com.br
Rádio Jovem Pan FM 94.1

Brasão        

    
Bandeira


Hino
I
Balneário Camboriú
De belas praias altaneiras
Seus recantos verdes montes
Orgulho dos brasileiros
Onde suas águas mais azuis
Enchem de encanto
O mundo inteiro
Com seu povo alegre e amigo

II
Recebe a todos o ano inteiro
Com o Cristo Luz em amplo abraço
Abençoando os passageiros
Suas noites são festivas
E aproximam corações
Cidade hospitaleira
Quem a conhece
Nunca mais a esquecerá
Princesa do meu Brasil
Cidade de belezas mil.

Cidades Mães
Balneário possui dois municípios Mãe:

Cidade de Itajaí - A Origem



Cidade de Camboriú - De onde Emancipou-se

Cidade de Camboriú e Balneário Camboriu

Dados Gerais

Fundação:      20 de julho de 1964
Gentílico:        balneário-camboriuense
Prefeito:          Edson Renato Dias - Piriquito (PMDB)
(2009 – 2012)

Localização de Balneário Camboriú em Santa Catarina

Localização de Balneário Camboriú no Brasil
26° 59' 27" S 48° 38' 06" O
Unidade federativa: Santa Catarina
Mesorregião: Vale do Itajaí IBGE/2008
Microrregião: Itajaí IBGE/2008
Municípios limítrofes: Camboriú, Itajaí e Itapema
Distância até a capital: 80 km

Características geográficas
Área:                46,0 km²
População:     102.081 hab. est. IBGE/2009
Densidade:     2.219,1 hab./km²
Altitude:         2 m
Clima: Mesotérmico úmido com verões quentes (CFA)
Fuso horário:  UTC-3
Indicadores
IDH:                   0,867 elevado PNUD/2000
PIB:                   R$ 1.256.476 mil IBGE/2007
PIB per capita: R$ 13.318,00 IBGE/2007

Vista Geral
Balneário Comboriú
Mapa da Cidade


Etimologia do Topônimo Camboriú
Algumas suposições sobre o significado do topônimo Camboriú, totalmente divorciadas da realidade física, nos proporcionaram a oportunidade desta pesquisa.
Na primeira parte deste trabalho, faremos uma exposição sucinta sas diversas hipóteses sobre a etimologia do termo camboriú. Na segunda parte, analisaremos metodicamente o significado dos étimos, conscientes de que ?é de necessidade errar, arriscando hipóteses, mas errar com a esperança de achar a solução e com a convicção de que, se tiver errado, outra há de vir que acertará? (BACHMANN,1951, p.291).
Em função das dificuldades que o termo apresenta, nos preocupamos com o método. A análise etimológica inicia com a procura das raízes primitivas escritas, nos clássicos da língua tupi-guarani. Uma comparação do significado encontrado com textos antigos da literatura brasileira dará, sem dúvida, consistência à nossa tese.
Baseados num milenar princípio da sabedoria indígena, onde uma definição toponímica é sempre uma frase acabada e uma decifração real do meio local, nos debruçamos sobre uma variada bibliografia, na tentativa de elucidar aquilo que a priori, parece um enigma.
Portanto, o nosso estudo toma antes a forma de uma análise histórico-comparativa do que lexicológica.
A seguir, apresentaremos, em síntese, as hipóteses publicadas sobre o étimo camboriú, fazendo antes alguns esclarecimentos para a melhor compreensão do texto.

Theodoro Sampaio, autor do O Tupi na Geografia Nacional, morreu antes do grande impulso que a Universidade de São Paulo deu ao desenvolvimento da língua brasílica. Além de criar a primeira cadeira de Tupi, a Universidade publicou velhos inéditos, entre eles O Vocabulários da Língua Basílica, dicionário manuscrito dos jesuítas, alicerce dos novos estudos da língua tupi. Conseqüente, a sua obra, a mais manuseada por historiadores e indianistas, infelizmente não teve a revisão que se fazia necessária. A 4ª edição, reeditada em 1955, traz, em notas ao pé da página, as modificações que mais se impunham. Não houve alterações no vocabulário etimológico. Muitas deduções erradas continuaram a ser divulgadas em livros e em revistas.

Entre deduções está a definição do topônimo Camboriú: - rio onde corre o leite, assim decomposta: - camby (leite) + ri (correndo) + y (água do rio).
Apesar de ser a hipótese mais divulgada, ela define algo irreal, fantasioso, que não condiz com o pragmatismo indígena.
Outra dedução, retirada de um pequeno vocabulário do Padre Geraldo Pawels, que por sua vez provém de uma tradução de robalo, dada por Theodoro Sampaio (autor do O Tupi na Geografia Nacional) é uma opinião do Padre Raulino Reitz, publicada na revista Blumenau em Cadernos, onde Camboriú é definido como criadouro de robalo. Theodoro Sampaio traz três grafias na tradução de robalo, e entre elas, camburu.
Na pesquisa que fizemos do vocábulo camurim (robalo), das oito citações encontradas, na literatura brasileira, desde 1587 a 1935, apenas três grafias diferentes aprecem:
- camurim, camuru e camorim. Camburu, de onde poderia ter vindo o nome Camboriú, não aparece.

Em 1928, Miguel de Brito, ao passar pela região, grafou - ?Cambarigú-assú? -, ao invés de rio Camboriú. Desta grafia errada (fato tão comum em mapas da época), nasceram algumas suposições.
Hermes Justino Patrianova, após uma série de divagações, confirma que antigamente, Camboriú (sic) chamava-se Cambariguaçu: - seio grande em cima do morro, assim decomposto: - camba (mama, seio) + ari (em cima) + guaçu (grande).
O autor, ao pretender justificar a sua assertiva, altera o termo tupi cama (mama, seio) em camba.
Para Hermes Justino Patrianova, o termo original “Cambariguaçu” seria a tradução da grande mama, que aparece numa montanha da região. É nesse contexto geográfico, muito subjetivo e irreal, que se fundamenta a citada hipótese.
Da grafia registrada por Miguel Brito, o IBGE, na Enciclopédia dos Municípios, em 1955, sugere mais duas possibilidades:
- Camboriú teria vindo de camburu, que de acordo com Montanova, significa chaparro ou sobro ? árvore de pequena altura, cuja madeira seve para lenha.
- A outra possibilidade teria se originado de um étimo latino ?cambore?, derivado de gamboa ou camboa, que segundo Cândido de Figueiredo, é um ?pequeno esteiro que se enche com o fluxo da maré e fica em seco com o refluxo? (FIGUEIREDO, 1949, p. 1282).
A primeira das possibilidades, descrita no parágrafo anterior, é inviável, porque chaparro e sobro são árvores xerófilas, próprias dos lugares secos.
A segunda não possui não possui nenhuma consistência, pois não existe o termo latino cambor, da terceira declinação, donde poderia ter vindo ?cambore?.
As palavras latinas ?gamba? ou ?camba? são da primeira declinação e não há essa flexão, como suposta origem do nome Camboriú.

Segundo o IBGR ainda, há quem atribui a origem do nome à uma grande curva do rio ? lugar onde camba o rio. Esta expressão é muito popular ainda e provém do conhecimento mítico.

No Dicionário Histórico e Geográphico do Estado de Santa Catarina de José Artur Boiteux, encontramos a afirmação: ? a palavra Camboriú é indígena e significa rio de camboas? (BOITEUX, 1915, p. 111).
O termo camboa é polisêmico, com uma acepção de origem tupi e com outras, de origem latina.
Sem uma explicação do termo, o IBGE divulgou a definição de Laudelino Freire:
? lugar em que remansa a água dos rios, dando aparência de lago tranqüilo? (FREIRE, 1940, p. 2649).
O próprio autor da hipótese, ao descrever o rio Camboriú, parece confirmar a assertiva latina: ?(...) desliza com pouca correnteza, em terras assas férteis (...)? (BOITEUX, 1915, p. 111).

Ademais, os dicionários etimológicos que trazem camboa, também na acepção tupi, são posteriores a 1950, quando o Ministério da Educação e Cultura, através do Instituto Nacional do Livro, incentivou estas publicações históricas.

Análises sofisticadas de doze mil e quinhentas pessoas, cujos resultados se encontram no livro ?The Backbone of History? (A Espinha Dorsal da História), editado pela Cambridge University Press, mostram que os índios o litoral catarinense, no ano 1.000, tiveram a melhor qualidade de vida biológica de todas as Américas, incluindo os imigrantes europeus. Entre esses quarenta estudiosos, estava o antropólogo Walter Neves da Universidade de São Paulo, que ao analisar o bom estado dos ossos dos nossos silvícolas, conclui que ?se deve ao ambiente costeiro, rico em peixes (fonte de proteína animal) e ao hábito da caça e coleta? (ANGELO, 2002, p. 16-17).

O professor Marco de Mais, da UNISUL, em 1997, através do teste do colágeno ? proteína que forma o osso humano ? demonstrou que o peixe era o alimento básico. Os estudos do conhecido arqueólogo se resumem nesta afirmação: ?em vez de caçadores-coletores, chegamos a conclusão que eram pescadores-coletores, os antepassados do litoral? (DIÁRIO CATARINENSE, 12 jul. 1999).

Entre os sítios analisados do litoral catarinense, está o de Laranjeiras, em Balneário Camboriú, SC, que registra a presença indígena há 3.800 anos.

Outra consideração diz respeito à língua falado no litoral. O guarani é um dialeto do tupi. Entre elas há pequenas diferenças, mas ambas são línguas de aglutinação, diferentes, portanto, das línguas européias, de flexão.
Cada sílaba representa uma idéia e juntas formam um termo, uma frase acabada. Na toponímia, este termo é uma descrição física da realidade. Por isso, quando se pesquisa um termo tupi-guarani, o primeiro passo é decompô-lo em idéias, embora, nem sempre as raízes são monossilábicas.
Dessas considerações, deduzimos que nossos índios do litoral não eram tão atrasados e há milhares de anos, ocuparam o litoral catarinense pelos atrativos que o mesmo oferecia. Dali só saíram, quando se sentiram ameaçados pelos bandeirantes escravagistas.
Camboriú é formado por quatro idéias: caa + (a)mbo + ri + u. Da análise de cada idéia, pretendemos chegar a uma conclusão lógica, que defina uma realidade física, contida no termo.
Caa é uma idéia muito comum aos dialetos da língua tupi e se aplica a produtos do reino vegetal. De acordo com o contexto, pode significar mato, herva, galhos, varas, como catinga (mato branco), uma floresta da nossa geografia nordestina. Muitos termos, que carregam esse étimo, como a vernaculização, sofreram modificações gráficas. Capim (caapim = erva), caipora (caa + porá = morador do mato) são exemplos que provém do étimo caa.
Ambo não é um termo conhecido, mas, no termo camboriú, é atributo principal do sujeito.

No dicionário guarani-espanhol de A. Jover Peralta e T. Osuna, há várias frases elucidativas, com a raíz ambo. No verbete ramo, aparece a frase: Ca ambayá (ramos para cercar arroio). No verbete pescar, encontramos duas frases: piramboa (pescar com rede) e mbocorá (cercar).
Pe. Antônio Guash, S. J., no ?El Idioma Guarani? a p. 46 registra esta frase: emboty pe ovetã (fecha a janela).
No ?Vocabulário de la Língua Guarani? de Antônio Ruiz Montoya S. J. (1640) reeditado em 1893, por Paulo Restivo, no verbete cerca, aparecem essas duas frases: ambocorá (fazendo curral) e amboti (fechar com chave).

Estes exemplos fraseológicos, retirados de obras clássicas do guarani, não deixam dúvida que a idéia primitiva ambo, com sua variações sintáticas, significa cercar, fechar, trancar, encurralar.
Ri é uma abreviação (aférese), do termo meri (pequeno). Lambarai (peixe pequeno), taperi (tapera pequena) e taquari (taquara pequena) são exemplos elucidativos dessas abreviações comuns no dialeto guarani.
U é o sujeito da frase e significa rio. É próprio da ?toponímia de origem tupi, as formas divergentes deste étimo, as quais aparecem grafadas com i ou y, ora com u? (CARDOSO, 1961, p. 154). Na corografia do Pará, existem o rio Iitinga (rio turvo) e o rio (rio branco). Num topônimo, o fonema tupi se transforma em i e no outro, em u.
Nas línguas de aglutinação, o singular e o plural se deduzem do contexto. Então, as nossas quatro idéias tupi-guaranis: caa (caras) + (a) mbo (cercas) + ri (pequenas) + u (rio) formam esta definição em língua portuguesa: rio das pequenas cercas de varas.
As duas idéias caa + ambo já aparecem venaculizadas no termo camboa, que se encontra em obras históricas, sempre como sinônimo de cercado, feito de varas, para apanhar peixes.
Feita esta explicação a melhor tradução do topônimo Camboriú, de etimologia tupi-guarani é RIO DAS PEQUENAS CAMBOAS.

O Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi de Antônio Geraldo da Cunha traz vários textos, onde aparece o termo camboa, de etimologia tupi-guarani, relacionado coma pesca. Três deles são contundentes.

- O primeiro é de Gabriel Soares de Souza, quem em 1587, no livro Notícia do Brasil, ao falar da captura do peixe cunapu, afirma que ?no tempo das águas vivas se tomam em uma tapagem de pedra e de paus a que os índios chamam camboas, onde morrem muitos (...)? (CUNHA, 1978, p. 90).

- O segundo texto é de Ambrósio Fernandes Brandão, autor dos Diálogos das Grandezas do Brasil, editado em 1618. Ao descrever em pescaria, assim se manifesta na ortografia da época: ?
(...) em hua tapajem que estaua feita em certo rio pêra pescarem nela a que nesta terra chamão camboa se chegarão dous peixes de semelhante espécie dos coais entrou hu pêra adentro, ficando o companheiro de fora (...)? (CUNHA, 1978, p. 90).

- O último texto é de José Veríssimo, no livro A Pesca na Amazônia, de 1895. Ao falar sobre essas técnicas, assim as descreve:
Estes currais alongam-se, ás vezes por cem e centos e cinqüenta metros, e multiplicam-se por aquelas costas. Além destas cercas móveis, constroem camboas fixas, com varas e talas fortes ou em sítio que uma disposição especial da costa os favorece com alguma cerca natural (...). Das armadilhas as mais notáveis, por mais produtoras são o cacuri, os cercados, as camboas (...). (CUNHA, 1978, p. 90).

Os três texto citam camboa como sinônimo de tapagem, cerca fixa com varas e talas, cerca móvel e cerca natural. Na busca dos significados das raízes históricas do termo camboriú, encontramos uma frase esclarecedora: ca?ambayá, que significa ramos (varas) para cercar arroios (rio). O ?á?, como conjunção pospositiva, indica fim. As demais sílabas são as idéias fundamentais do termo camboriú (varas, cercar, rio), faltando apenas a idéia secundária ri (pequenas). Se transformarmos esta finalidade em atributos do termo rio, obteremos a definição literal do topônimo Camboriú: rio de pequenas cercas de varas.

A possibilidade de se concretizar, na prática, o que a definição proclama é outro argumento, que torna a solução encontrada convincente, diminuindo os riscos de interpretações errôneas das palavras.
O acidente geográfico chamado Camboriú ? rio das pequenas camboas ? era ideal para esta técnica de pesca.
Da sede do antigo município até a praia de Balneário Camboriú é uma extensa planície. A variação altimétrica entre aquela cidade e o mar é mínima. Sem os muros, sem os enrrocamentos, sem os aterros, sem os desassoreamentos e sem a poluição de agora, junto com as águas subiram os peixes, que com pouco trabalho, usando apenas o que a natureza produz, no refluxo das marés, garantiram a sobrevivência dos que ali viveram.
Se não bastasse os argumentos apresentados, duas ilhotas fluviais, estrategicamente situadas, faziam parte integrante das camboas do rio Camboriú. Elas eram as cercas naturais. Eram os locais, onde provavelmente os índios montavam as cercas artificiais, para a captura do peixe. O homem branco, que se estabeleceu na região a partir de 1758, aprendeu com os poucos sobreviventes tapuias, a dominar esta técnica de pesca e continuou chamando de ?Camboa Grande a ilhota que está a cem metros acima da foz e Camboa Pequena a que está acima da foz do rio Pequeno? (BOITEUX, 1915, p. 110).

Este hibridismo (tupi + português) é o substrato, o étimo da língua tupi-guarani, invadido por uma cultura superior, que, apesar de vencida, consegue projetar étimos lingüísticos sobre a língua luso-brasileira, intrusa e dominadora. O tupi-guarani, em forma de substrato, projetou inúmeros topônimos vivos, explicativos e reais. A intimidade indígena com a natureza que o cercava e sua inteligência objetiva, a serviço da impressionante capacidade de observação, está expressa no topônimo Camboriú.

A nossa pesquisa parece ser convincente, mas somos conscientes que se trata de mais uma hipótese. A toponímia é uma patrimônio cultural brasileiro.
Aprendemos que sua correta decifração elucida aspectos significativos da nossa memória histórica. Couto de Magalhães, com poucas palavras, justifica a importância da sua preservação:
?fora muito conveniente que no Brasil conversássemos os nomes americanos não só porque tornam mais inteligível a história do Paiz em que nascemos como descrevem signaes permanentes da região e não se confundem com outros (...) ? (MAGALHÃES, 1913, p. 294).

O nome dessas duas ilhotas fluviais não aparece mais nos ?modernos? livros de geografia e de história. Porém, Camboa Grande Pequena torman mais inteliigível a história de Camboriú e de Balneário Camboriú ? RIO DAS PEQUENAS CAMBOAS.
Adaptado de Lino João Dell? Antônio - Professor da UNIDAVI ? Campus de Taió

Referências:

↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de dezembro de 2009). Página visitada em 16 de dezembro de 2009.



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Há duas versões quanto à origem do topônimo Camboriú:
- Uma de origem popular, devido a uma acentuada curva no rio perto da foz, diz que, quando indagados por alguém à procura de uma pessoa, os moradores dali diziam: - “camba o rio” , vocábulo muito usado pelos pescadores da região.
- A segunda versão (e mais aceitável) é a do padre Raulino Reitz: mapas bem antigos assinalam o nome Rio Camboriú antes de haver povoamento de origem européia na área; o topônimo Camboriú vem do tupi, formado pela aglutinação do termo “Cambori” mais “u”.